Como você lida com os imprevistos da vida?
Toda pessoa tem sonhos, ideais e objetivos de vida. A energia que a pessoa gasta para concretizar isso geralmente é recompensada de uma ou de outra forma. A simples idéia de trabalhar para concretizar um sonho já é algo que reconforta, dá ânimo. De resto, há pessoas que não chegam a atingir determinadas metas mas que morrem felizes porque passaram a vida lutando por aquilo que queriam. Nenhum de nós sabe exatamente como estará daqui a cinco ou dez anos.
Mesmo assim gostamos de planejar e é bom que o façamos. É tranquilizador e revigorante, por exemplo, sabermos que, se trabalharmos, se dermos o nosso melhor, seremos capazes de juntar dinheiro para fazer uma viagem ou para comprar uma casa ou para cumprir qualquer outro sonho.
Independentemente das convenções sociais e daquilo que as pessoas mais próximas esperam de nós, agrada-nos pensar acerca daquilo que queremos fazer da nossa vida. Algumas pessoas “sabem” que vão querer casar-se antes dos 30, outras assumem a sua vontade de terem um determinado número filhos e outras definirão a altura em que ambicionam ganhar o seu primeiro milhão. Isso é desejo e planejamento.
Mas a vida não corre sempre como nós queremos e, à medida que amadurecemos, percebemos que alguns dos nossos sonhos vão ter de ficar pelo caminho e temos que aprender a lidar com os imprevistos. Dificilmente conseguimos entrar na vida adulta sem que nos deparemos com obstáculos, perdas ou rejeições com que não contávamos. Nessas alturas, podemos escolher viver as emoções associadas ao respectivo acontecimento e contornar o obstáculo, mesmo que isso implique algum tempo e muita energia, ou, pelo contrário, fingir que nada mudou e ignorar os próprios sentimentos ou até a nova realidade.
Algumas pessoas são mais resistentes à mudança do que outras, porque sentem mais dificuldades em lidar com o que não estava planejado, com os desvios impostos pela vida. Encaram os acidentes de percurso como pequenos estorvos porque não estão dispostas a abdicar dos seus sonhos, ou de olhar a história de outra forma. Na verdade estas pessoas tem menos resiliência que as outras. Uma não é melhor que outra, apenas quem tem menos resiliência acaba sofrendo um pouco mais com as mudanças de rumo, porque tem menos “jogo de cintura”.
Quando falamos no impacto desta dificuldade podemos falar de situações mais sérias, como as que envolvem a negação por parte dos pais da existência de uma doença em algum dos seus filhos. Com certeza que não será fácil assumir (para si mesmo ou para o exterior) que o filho é esquizofrênico, vai perder uma perna, vai ter mais dificuldade em estudar que outras crianças, etc. Este assunto implica num desvio considerável em relação às expectativas que um pai ou uma mãe construiu em relação ao seu filho, mas implica sobretudo que os pais vão precisar arregaçar as mangas, olhar a vida com outra perspectiva, buscar ajuda e ajudar o filho a encontrar saídas para ter qualidade de vida. Quando, pelo contrário, um casal se recusa a aceitar que o emagrecimento excessivo da sua filha esteja relacionado com um problema sério como a anorexia nervosa, abastecendo-se de caixas de vitaminas, está, de modo infrutífero, tentando fugir da realidade de um ACIDENTE DE PERCURSO.
Sejamos nós um anônimo qualquer ou uma celebridade mundialmente reconhecida, vamos nos confrontar com o não planejado, o não esperado. É possível que algum dos nossos sonhos seja subitamente interrompido por um acidente, pela perda de emprego ou por qualquer outro imprevisto. De repente, tudo muda, às vezes de forma definitiva. Aquilo que fazemos quando isso acontece pode determinar a duração da nossa ansiedade, bem como do resto da família. Quando nos agarramos a uma visão distorcida da realidade, negando a existência do problema, alimentamos a esperança de que o sonho possa, ainda assim, concretizar-se, como se dependesse apenas da nossa força de vontade. Mas a verdade é que esta é uma escolha que faz com que soframos ainda mais e que nos mantem presos numa teia de sofrimentos e mentiras.
Seguir em frente implica reconhecer os imprevistos e aceitar que a vida é recheada de eventos não planeados e indesejados. “Esbravejar” perante uma realidade que já aconteceu é importante, mas permanecer apenas esbravejando sem tomar outra decisão e ter outra atitude de seguir em frente com escolhas sensatas fará com que gastemos o nosso (precioso) tempo e a nossa energia. Cuide-se.
Mesmo assim gostamos de planejar e é bom que o façamos. É tranquilizador e revigorante, por exemplo, sabermos que, se trabalharmos, se dermos o nosso melhor, seremos capazes de juntar dinheiro para fazer uma viagem ou para comprar uma casa ou para cumprir qualquer outro sonho.
Independentemente das convenções sociais e daquilo que as pessoas mais próximas esperam de nós, agrada-nos pensar acerca daquilo que queremos fazer da nossa vida. Algumas pessoas “sabem” que vão querer casar-se antes dos 30, outras assumem a sua vontade de terem um determinado número filhos e outras definirão a altura em que ambicionam ganhar o seu primeiro milhão. Isso é desejo e planejamento.
Mas a vida não corre sempre como nós queremos e, à medida que amadurecemos, percebemos que alguns dos nossos sonhos vão ter de ficar pelo caminho e temos que aprender a lidar com os imprevistos. Dificilmente conseguimos entrar na vida adulta sem que nos deparemos com obstáculos, perdas ou rejeições com que não contávamos. Nessas alturas, podemos escolher viver as emoções associadas ao respectivo acontecimento e contornar o obstáculo, mesmo que isso implique algum tempo e muita energia, ou, pelo contrário, fingir que nada mudou e ignorar os próprios sentimentos ou até a nova realidade.
Algumas pessoas são mais resistentes à mudança do que outras, porque sentem mais dificuldades em lidar com o que não estava planejado, com os desvios impostos pela vida. Encaram os acidentes de percurso como pequenos estorvos porque não estão dispostas a abdicar dos seus sonhos, ou de olhar a história de outra forma. Na verdade estas pessoas tem menos resiliência que as outras. Uma não é melhor que outra, apenas quem tem menos resiliência acaba sofrendo um pouco mais com as mudanças de rumo, porque tem menos “jogo de cintura”.
Quando falamos no impacto desta dificuldade podemos falar de situações mais sérias, como as que envolvem a negação por parte dos pais da existência de uma doença em algum dos seus filhos. Com certeza que não será fácil assumir (para si mesmo ou para o exterior) que o filho é esquizofrênico, vai perder uma perna, vai ter mais dificuldade em estudar que outras crianças, etc. Este assunto implica num desvio considerável em relação às expectativas que um pai ou uma mãe construiu em relação ao seu filho, mas implica sobretudo que os pais vão precisar arregaçar as mangas, olhar a vida com outra perspectiva, buscar ajuda e ajudar o filho a encontrar saídas para ter qualidade de vida. Quando, pelo contrário, um casal se recusa a aceitar que o emagrecimento excessivo da sua filha esteja relacionado com um problema sério como a anorexia nervosa, abastecendo-se de caixas de vitaminas, está, de modo infrutífero, tentando fugir da realidade de um ACIDENTE DE PERCURSO.
Sejamos nós um anônimo qualquer ou uma celebridade mundialmente reconhecida, vamos nos confrontar com o não planejado, o não esperado. É possível que algum dos nossos sonhos seja subitamente interrompido por um acidente, pela perda de emprego ou por qualquer outro imprevisto. De repente, tudo muda, às vezes de forma definitiva. Aquilo que fazemos quando isso acontece pode determinar a duração da nossa ansiedade, bem como do resto da família. Quando nos agarramos a uma visão distorcida da realidade, negando a existência do problema, alimentamos a esperança de que o sonho possa, ainda assim, concretizar-se, como se dependesse apenas da nossa força de vontade. Mas a verdade é que esta é uma escolha que faz com que soframos ainda mais e que nos mantem presos numa teia de sofrimentos e mentiras.
Seguir em frente implica reconhecer os imprevistos e aceitar que a vida é recheada de eventos não planeados e indesejados. “Esbravejar” perante uma realidade que já aconteceu é importante, mas permanecer apenas esbravejando sem tomar outra decisão e ter outra atitude de seguir em frente com escolhas sensatas fará com que gastemos o nosso (precioso) tempo e a nossa energia. Cuide-se.
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