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Mostrando postagens de fevereiro 9, 2011

Falando sobre obesidade

Num primeiro momento poderíamos nos perguntar: qual o problema com o fato de alguém ser gordo? Acho que existem dois enfoques para se pensar esta questão: a estética e a saúde. O ponto de vista estético também pode ser dividido em dois aspectos: O pessoal e o cultural. O que eu chamo de ponto de vista pessoal é o gosto individual de algumas pessoas. No que diz respeito a cultura, tivemos um momento na história que a moda eram pessoas gordinhas, hoje, para estar “na moda” é necessário ter somente pele e osso. Do ponto de vista da saúde, a obesidade de fato representa um problema. Sabe-se que o coração do obeso trabalha muito e por isso o aumento da área cardíaca é comum em indivíduos muito obesos. E a partir disso uma série de outros problemas físicos que podem ocorrer. E a estética está também ligada a cultura, mas também ao bem estar da pessoa, como ela se sente diante deste corpo. Quais os fatores emocionais (pessoais) envolvidos na obesidade? Vários, mas vamos aos mais relevante

Eu me sinto sozinha na minha família

“Eu me sinto sozinho na minha família. Eles não falam comigo e eu não consigo falar com eles. Quando falamos, brigamos, tenho medo ou desconforto de chegar perto, mas me ressinto por estar longe. Olho as famílias de meus conhecidos e amigos e percebo o quanto gostaria de ter uma. Isso me entristece e atrapalha minha vida.” Eu tentei dizer a este meu cliente que ele tinha uma família, mas de alguma maneira era muito difícil para ele entender isso. O que ele queria, ele sempre teve, mas não do jeito que queria. Cada um de nós precisa de proximidade por um lado, e também de distância, por outro lado. Precisamos pertencer a algo e, ao mesmo tempo, precisamos sentir a nossa autonomia. Precisamos de suporte e proteção, mas também de liberdade. Essas condições aparentemente irreconciliáveis são na verdade a fonte da nossa vida e do nosso amadurecimento. Precisamos de suporte e amor para sermos independentes e é com a segurança de quem cuida de nós que poderemos ser autônomos e independen

Estresse, o que é isso?

É provavelmente o quadro clínico mais freqüente que existe. Trânsito, problemas financeiros, profissionais, familiares, situações de vida, doenças, alterações de metabolismo, uso de alguns medicamentos, de álcool, de drogas, acidentes, correria, insegurança (tanto financeira quanto, no caso de nossas cidades, física mesmo), dificuldades com chefes, colegas de trabalho, filhos, cônjuges, pais, carro quebrado, Marginal parada e etc., vão fazendo com que nosso corpo produza quantidades anormais de Adrenalina. A Adrenalina é um hormônio produzido por nosso corpo e tem a função de fazer nosso organismo se defender. Ela faz com que o sangue irrigue mais o coração o cérebro, os pulmões e os músculos. Isso para que fiquemos alertas, fortes e com todos os sentidos aguçados, para enfrentar o perigo. A produção de Adrenalina durante um certo tempo é benéfica para nós pois faz com que nosso organismo esteja apto a se defender de agressões. O problema é que nossas condições de vida fazem com que

Estar sozinho pode ser uma escolha pessoal?

Quando alguém me procura para iniciar uma psicoterapia por sentir-se sozinho ou descontente com algum aspecto de sua vida, costumo sugerir inicialmente “uma checagem” de sua vida emocional e afetiva. As perguntas “Porque estou sozinho?”, “Porque não consigo encontrar alguém para mim?”, podem ser substituídas por: “O que eu fiz com minha vida?”, “Que pessoas encontrei e quais eu não me permiti encontrar?”, “O que estou buscando?”, “Quem estou realmente buscando?”, ou mesmo, “Quero ter alguém neste momento em minha vida?” As escolhas que fazemos estão sempre ligadas a nossos desejos, sejam eles conscientes ou não. Se você hoje tem ao seu lado alguém que não lhe satisfaz, ou que te traz algum sofrimento, certamente essa pessoa atende alguma outra necessidade que você pouco percebe, mas que no momento é a mais importante e a mais forte. Se você não tem ninguém ao seu lado pode ser porque de alguma forma preferiu isso; ou por medo, ou por egoísmo ou por achar que ninguém é bom o suficie

As emoções também engordam

Os sentimentos negativos, além de causarem sofrimentos, também engordam. Tristeza, raiva e depressão são alguns que influenciam no peso corporal, provocando a famosa "briga com a balança". O ideal é que a alegria de viver, o amor e a paz estejam sempre presentes para que a necessidade de comer não domine a sua vida. Comer não é a saída para resolver os problemas e que os acompanhamentos psicológico e nutricional tornam-se muito importantes para a pessoa que está passando por algo semelhante. Dentre o número de pessoas obesas no Brasil, 60% são provenientes de problemas emocionais. A ansiedade faz com que a pessoa coma muito, sendo que o ideal é que ela procure fazer algum tipo de atividade física. Se estiver ansiosa por muito tempo, o organismo vai procurar aliviar toda a tensão. A sua resposta é dizer que quer ser alimentado. Ao comer, o corpo relaxa e causa a sensação de prazer e bem-estar. O alimento possui um forte componente emocional desde a infância. Um bebê, ao ch

Dor crônica, como lidar com ela?

A dor, na sua intensidade, é classificada de duas formas: aguda e crônica. A dor aguda geralmente está associada a algum tipo de lesão, como: tombo, batida, ferimento aberto, fratura, etc. e tende a desaparecer tão logo a lesão melhore. A dor crônica é aquela que permanece mesmo sem lesão visível, em geral dura mais de três meses, seu diagnóstico é mais difícil e muitas vezes os analgésicos comuns são ineficazes. Existem muitos tipos de doenças que podem provocar dor crônica, como: câncer, AIDS, diabetes, etc Pode não estar relacionada a lesões que são visíveis, como no caso de muitas dores de cabeça, fibromialgia (dor no corpo todo), dor nas costas, lombalgias, LER, espondilite anquilosante, neuralgia do trigêmeo e outros. A dor, de uma forma geral, gera estresse físico, emocional, econômico e social para o doente e para seus cuidadores. Os pacientes com dor crônica exibem sintomas como alteração no padrão do sono, do apetite, peso, libido, associados a irri

De que se trata o perdão?

Ao se falar em perdão, é comum nos remetermos quase de imediato a uma leitura religiosa, ou seja, o perdão sendo visto como unilateral, entendido como algo que doamos a alguém, um ato de desprendimento, generosidade e bondade com o outro, mas é mais do que isso... Quando estamos magoados e feridos, os sentimentos mais presentes são a tristeza, a decepção e a raiva. Neste momento é difícil se pensar em perdão. Primeiramente há o momento de viver a própria dor, senti-la para depois resolve-la. Muitos tentam pular essa fase inevitável e como conseqüência apenas prorrogam seu próprio sofrimento. A raiva é o mais primário dos sentimentos, pois é gerada pela frustração e pelo sentimento de impotência. Dela nasce o desejo de vingança como uma tentativa de diminuir a própria dor, mas a vingança é um sentimento traiçoeiro, pois se alia a seu “adversário” no momento em que sua vida passa a ser apenas um instrumento com o objetivo de atingir ou prejudicar aquele que lhe feriu. Facilmente a vi

Afinal, quem deve mudar?

AFINAL, QUEM DEVE MUDAR? Uma das questões com que sou confrontada frequentemente na terapia de casal diz respeito às mudanças. Claro que quase todas as pessoas que buscam terapia de casal buscam também mudanças, geralmente do outro. Mas também é claro que os anos de vida em comum trazem alguma desesperança em relação as capacidades de mudança do cônjuge. Ouço diversas vezes questões como: “Valerá a pena investir na terapia de casal se ninguém muda de personalidade?” Ou “Ele(a) não vai mudar, não é?”, ou ainda “ela nem vai querer mais fazer terapia”. Sim, é impossível mudar o cônjuge, a não ser que ele queira, mas qualquer pessoa é capaz de implementar mudanças, às vezes ela própria, no sentido de salvar a sua relação. A pessoa de quem gostamos não deve ser forçada a mudar de personalidade em função das nossas exigências – até porque nenhum de nós suportaria ser confrontado com tamanho pedido. E se um casal reconhecer que se ama mas for incapaz de chegar a um consenso? E quando