Dor crônica, como lidar com ela?

A dor, na sua intensidade, é classificada de duas formas: aguda e crônica. A dor aguda geralmente está associada a algum tipo de lesão, como: tombo, batida, ferimento aberto, fratura, etc. e tende a desaparecer tão logo a lesão melhore. A dor crônica é aquela que permanece mesmo sem lesão visível, em geral dura mais de três meses, seu diagnóstico é mais difícil e muitas vezes os analgésicos comuns são ineficazes.
Existem muitos tipos de doenças que podem provocar dor crônica, como: câncer, AIDS, diabetes, etc Pode não estar relacionada a lesões que são visíveis, como no caso de muitas dores de cabeça, fibromialgia (dor no corpo todo), dor nas costas, lombalgias, LER, espondilite anquilosante, neuralgia do trigêmeo e outros.
A dor, de uma forma geral, gera estresse físico, emocional, econômico e social para o doente e para seus cuidadores.
Os pacientes com dor crônica exibem sintomas como alteração no padrão do sono, do apetite, peso, libido, associados a irritabilidade, alterações de energia, diminuição da capacidade de concentração, restrição da capacidade para as atividades familiares, profissionais e sociais.
Isso acaba gerando ansiedade, falta de ânimo e depressão, o que por sua vez, vai gerar mais dor e tudo vira uma bola de neve. A ansiedade é algo a ser melhorado, porque intensifica a sensação de dor, quando estamos ansiosos ou com medo, a impressão que temos é que a dor aumenta.

“É uma dor esquisita, constante. Não consigo explicar direito”.
“Não sei quais são as causas, os testes dão sempre negativos”.
“O médico disse que deve ser estresse...”
“Sei que não tem cura, mas o que eu posso fazer para não doer tanto?”
Muitos de nós já ouvimos frases semelhantes, ou temos parentes e amigos nestas circunstâncias. No fundo, a pergunta de todos os que sofrem com as dores crônicas é a mesma: O que fazer? Como posso diminuir essa dor?
É preciso compreender a dor para controlá-la. A dor crônica está muito ligada ao emocional da pessoa. Exemplificando: quanto maior a ansiedade, maior a dor no estômago ou na cabeça, etc.
A psicóloga Ieda, durante meses, estudou pacientes com dor crônica e reuniu informações para um programa dedicado a grupos de pacientes portadores de dores crônicas a fim auxilia-los a amenizar suas dores. Não pretende com isso, substituir o tratamento médico, mas auxiliar a lidar com os sentimentos que aumentam a intensidade da dor. Assim, o trabalho de psicoterapia que é feito com pessoas que sofrem de dor crônica buscam auxiliar o paciente a:

Compreender o processo de dor
Reconhecer os fatores que aumentam ou diminuem a dor
Reduzir as tensões
Utilizar técnicas e exercícios de relaxamento
Comunicar-se de forma clara com relação a dor
Estabelecer metas realistas e outros.

É importante ter claro que para toda a dor existe alguma forma de tratamento. Não é só sua intensidade que deve ser tratada, mas também o sofrimento, a perda de sonhos, da qualidade de vida e até as incapacidades, ou seja, algumas coisas que, por termos dor crônica, somos impedidos de fazer. A reabilitação, a reintegração àquelas atividades que se fazia antes do quadro de dor, a readaptação a novas atividades, o tratamento de problemas psíquicos (depressão, insônia, ansiedade) e fatores psicológicos associados e a melhoria na qualidade de vida são igualmente importantes e é isso que o Curso de Orientação, Conhecimento e Controle da Dor Crônica pode lhe oferecer. Procure um psicólogo habilitado e tire suas dúvidas.

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