Falando sobre obesidade
Num primeiro momento poderíamos nos perguntar: qual o problema com o fato de alguém ser gordo? Acho que existem dois enfoques para se pensar esta questão: a estética e a saúde. O ponto de vista estético também pode ser dividido em dois aspectos: O pessoal e o cultural. O que eu chamo de ponto de vista pessoal é o gosto individual de algumas pessoas. No que diz respeito a cultura, tivemos um momento na história que a moda eram pessoas gordinhas, hoje, para estar “na moda” é necessário ter somente pele e osso.
Do ponto de vista da saúde, a obesidade de fato representa um problema. Sabe-se que o coração do obeso trabalha muito e por isso o aumento da área cardíaca é comum em indivíduos muito obesos. E a partir disso uma série de outros problemas físicos que podem ocorrer. E a estética está também ligada a cultura, mas também ao bem estar da pessoa, como ela se sente diante deste corpo.
Quais os fatores emocionais (pessoais) envolvidos na obesidade? Vários, mas vamos aos mais relevantes.
Na infância vemos pais desesperados para que a criança coma, quase como uma questão de vida ou morte, mesmo que a criança não dê nenhum sinal de fome. Tais relacionamentos com os pais ficam gravados em nosso inconsciente: se comemos, mamãe sorri, fica alegrinha, aliviada. Isso pode ajudar a criança a ver-se livre da culpa. Mais tarde o hábito e a necessidade de livrar-se da culpa, ainda persiste mesmo que os pais estejam ausentes.
Outra coisa curiosa é quando o alimento é oferecido como prêmio por alguma atividade que a criança executa. Se ela se comporta e come tudo o que está no prato, ganha um chocolate ou um biscoito. O alimento fica associado à recompensa, e isso pode se manter na idade adulta.
A comida está sempre associada à situações de proximidade e sucesso. Casamento, festinhas, cinema, receber amigos para um jantar, comemorar a formatura, aniversário...
Também comemos para negar uma experiência desagradável. Quantas vezes não estamos sozinhos em casa, sem ter o que fazer e então, nos postamos diante da televisão comendo pudins, bolachas, doces etc.? É uma forma de driblar a solidão.
Um outro medo que observei é o da falta de saúde. Muitas vezes as pessoas associam a obesidade à saúde. Gordura nunca foi nem será sinônimo de saúde.
Muitas pessoas comem por medo. Medo! De que? Acho que essa é uma das causas mais importantes da obesidade: o medo. Podemos pensar naquelas pessoas que por não serem bonitas (ou se sentirem bonitas), não serem atrativas para o sexo oposto, ficam gordas por que dessa forma não têm que lidar com os conflitos que isso traz. A gordura é uma capa que isola o corpo do mundo. A maior parte da gordura fica espalhada sob a pele e cria uma barreira. A gordura é uma forma de evitar o contato com o mundo, esconder-se das outras pessoas.
Algumas pessoas também engordam por que querem ser notadas, ganhar alguma importância. Isso é comum naqueles que têm um pequeno ego e então compensam isso criando um grande corpo. Indivíduos de grande tamanho causam sempre alguma impressão naqueles à sua volta. E, além disso, é sempre melhor receber uma atenção negativa do que não receber nenhuma atenção. Essa é uma matemática comum para o obeso e crianças mal amadas.
Outras pessoas comem por precisar de amor. Essa é uma questão difícil de assumir. Parece tão humilhante para as pessoas admitirem que precisam de amor. O que é mais curioso é que amor é a única coisa de que todos precisam, mas ninguém gosta de admitir. Os indivíduos preferem comer, fazer muitas compras, tomar grandes sorvetes nos shoppings, chupar deliciosas balas, devorar chocolates com castanhas e amendoins e cozinhar deliciosos pratos. Para alguém declarar "Eu preciso de amor", é sempre uma coisa que fere. As pessoas obesas são aquelas que comem quando na verdade precisariam de alguém que lhes desse um abraço, um sorriso e quem sabe, um pouco de atenção.
Os regimes podem ser bons quando nosso psiquismo está equilibrado. Caso contrário, os obesos sempre enfrentarão o efeito rebote: acabam o regime e tudo volta ao que era antes. O equilíbrio emocional, como já se disse antes e cada vez mais a ciência comprova, pode interferir de forma positiva e negativa em todos os processos orgânicos. Precisar de um profissional que entenda e ajude a solucionar certos conflitos emocionais não é senão um gesto de honestidade para consigo mesmo. A grande hostilidade do homem em relação a si mesmo é negar-se à ajuda, ao contato que pode ajudá-los a aproximarem-se de si mesmos.
Do ponto de vista da saúde, a obesidade de fato representa um problema. Sabe-se que o coração do obeso trabalha muito e por isso o aumento da área cardíaca é comum em indivíduos muito obesos. E a partir disso uma série de outros problemas físicos que podem ocorrer. E a estética está também ligada a cultura, mas também ao bem estar da pessoa, como ela se sente diante deste corpo.
Quais os fatores emocionais (pessoais) envolvidos na obesidade? Vários, mas vamos aos mais relevantes.
Na infância vemos pais desesperados para que a criança coma, quase como uma questão de vida ou morte, mesmo que a criança não dê nenhum sinal de fome. Tais relacionamentos com os pais ficam gravados em nosso inconsciente: se comemos, mamãe sorri, fica alegrinha, aliviada. Isso pode ajudar a criança a ver-se livre da culpa. Mais tarde o hábito e a necessidade de livrar-se da culpa, ainda persiste mesmo que os pais estejam ausentes.
Outra coisa curiosa é quando o alimento é oferecido como prêmio por alguma atividade que a criança executa. Se ela se comporta e come tudo o que está no prato, ganha um chocolate ou um biscoito. O alimento fica associado à recompensa, e isso pode se manter na idade adulta.
A comida está sempre associada à situações de proximidade e sucesso. Casamento, festinhas, cinema, receber amigos para um jantar, comemorar a formatura, aniversário...
Também comemos para negar uma experiência desagradável. Quantas vezes não estamos sozinhos em casa, sem ter o que fazer e então, nos postamos diante da televisão comendo pudins, bolachas, doces etc.? É uma forma de driblar a solidão.
Um outro medo que observei é o da falta de saúde. Muitas vezes as pessoas associam a obesidade à saúde. Gordura nunca foi nem será sinônimo de saúde.
Muitas pessoas comem por medo. Medo! De que? Acho que essa é uma das causas mais importantes da obesidade: o medo. Podemos pensar naquelas pessoas que por não serem bonitas (ou se sentirem bonitas), não serem atrativas para o sexo oposto, ficam gordas por que dessa forma não têm que lidar com os conflitos que isso traz. A gordura é uma capa que isola o corpo do mundo. A maior parte da gordura fica espalhada sob a pele e cria uma barreira. A gordura é uma forma de evitar o contato com o mundo, esconder-se das outras pessoas.
Algumas pessoas também engordam por que querem ser notadas, ganhar alguma importância. Isso é comum naqueles que têm um pequeno ego e então compensam isso criando um grande corpo. Indivíduos de grande tamanho causam sempre alguma impressão naqueles à sua volta. E, além disso, é sempre melhor receber uma atenção negativa do que não receber nenhuma atenção. Essa é uma matemática comum para o obeso e crianças mal amadas.
Outras pessoas comem por precisar de amor. Essa é uma questão difícil de assumir. Parece tão humilhante para as pessoas admitirem que precisam de amor. O que é mais curioso é que amor é a única coisa de que todos precisam, mas ninguém gosta de admitir. Os indivíduos preferem comer, fazer muitas compras, tomar grandes sorvetes nos shoppings, chupar deliciosas balas, devorar chocolates com castanhas e amendoins e cozinhar deliciosos pratos. Para alguém declarar "Eu preciso de amor", é sempre uma coisa que fere. As pessoas obesas são aquelas que comem quando na verdade precisariam de alguém que lhes desse um abraço, um sorriso e quem sabe, um pouco de atenção.
Os regimes podem ser bons quando nosso psiquismo está equilibrado. Caso contrário, os obesos sempre enfrentarão o efeito rebote: acabam o regime e tudo volta ao que era antes. O equilíbrio emocional, como já se disse antes e cada vez mais a ciência comprova, pode interferir de forma positiva e negativa em todos os processos orgânicos. Precisar de um profissional que entenda e ajude a solucionar certos conflitos emocionais não é senão um gesto de honestidade para consigo mesmo. A grande hostilidade do homem em relação a si mesmo é negar-se à ajuda, ao contato que pode ajudá-los a aproximarem-se de si mesmos.
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