Consumo compulsivo, o que é isso?
O consumo descontrolado pode revelar que algo não anda bem na esfera íntima.
Um problema que parece ser pouco notado pelas pessoas é o consumo compulsivo. Ele não tem nada a ver com endividamento puro e simples ligado a fatores econômicos ou sociais e possui muito mais semelhança a uma doença. O consumidor compulsivo é aquele que compra mais do que necessita, para satisfazer com o ato da compra e de ter um objeto.
Quando olhamos mais perto vemos que estas pessoas buscam um alívio para sensações de carência e ansiedade, e o mal-estar é provisoriamente apaziguado com o comportamento de consumo. Porém como o comprar não é o que de fato a pessoa precisa, ela estará sempre comprando, num processo que tende ao infinito.
Uma pessoa está nesse quadro a partir do instante em que ela “compra por comprar” ou porque “o preço estava bom”, sem que tenha alguma utilidade para se servir daquilo. “Ela não se preocupa como vai pagar, se tem dinheiro disponível para isso, vive comprando qualquer coisa e fica impaciente e ansiosa se passa algum tempo sem comprar nada. Vale dizer que o ato de comprar parece ‘aliviar’ a sua ansiedade.
A insatisfação e a infelicidade estão muito presentes porque a alegria da compra se esgota rapidamente e a pessoa logo sente necessidade de buscar um novo alívio no consumo, como um drogado atrás da promessa de prazer na próxima dose.
O consumo compulsivo é um estado de sofrimento psicológico que necessita atenção e cuidado profissional, pois as pessoas que possuem esse mal têm problemas afetivos compensados pela compra desenfreada. É como se a pessoa tivesse um abismo de carências que ela tenta preencher com bolsas, carros, jóias, relógios, etc, mas que nunca satisfazem porque na verdade não é isto que está faltando. Parar e poder olhar para o vazio interior, para as suas reais necessidades é o que vai poder ajudar esta pessoa a interromper este ciclo perpétuo de sofrimento e ilusão.
Há dois anos, a programadora Clarice, 40 anos, encontrava alívio para a frustração, de não conseguir engravidar, nos vestidos e blusas que comprava. “Quando a médica ligava para dar a notícia, vinha um sentimento de decepção muito grande. Então, eu pegava o carro e ia ao centro. Acho que substituía o objeto de desejo – um filho – pela peça comprada”, admite.
A mania de comprar é comum a pessoas extremamente preocupadas com a opinião do outro. Para quem sofre com a baixa auto-estima, por exemplo, a compra funciona como um carinho em si mesmo, uma forma de maquiar e camuflar a carência afetiva. A aquisição do objeto só faz mascarar o problema. Não resolve. Depois, a pessoa vai e compra novamente, sem atacar a causa.
O consumo desenfreado é um distúrbio de comportamento ligado à ansiedade e à preocupação extrema com a opinião dos outros. Tem a ver com o desejo de aprovação e aceitação. É similar ao que acontece com os adolescentes que se vestem igual para se sentir pertencentes ao grupo.
Em última instância, a busca é por reconhecimento. Queremos ser amados e, para isto, queremos ter tudo aquilo que nos faça ser mais desejados, admirados, importantes, valorizados. O objeto de consumo tenta preencher um lugar vazio em nós: o lugar que gostaríamos de ver ocupado pelo amor.
O consumidor descontrolado também age sob a influência dos apelos das campanhas publicitárias que situam produtos como passaportes para a felicidade.
Muito mais do que o próprio produto, as campanhas vendem realização, felicidade, prazer.
Para confirmar a tendência, basta sentar em frente à tevê e assistir a comerciais como o da pasta de dente que promete um beijo ardente; do celular que promete diálogo e aproximação entre pais e filhos; da calça de grife que faz a usuária roubar todos os olhares na rua; do desodorante que torna o homem irresistivelmente atraente. Enfim, de produtos que vendem o sonho em forma de algo que pode ser comprado logo ali na esquina.
Podemos perceber que o consumo compulivo é um problema maior do que se pode imaginar. Assim, se você perceber-se neste artigo, busque ajuda profissional. Procure um profissional competente e se resolva, você com certeza viverá bem melhor.
Um problema que parece ser pouco notado pelas pessoas é o consumo compulsivo. Ele não tem nada a ver com endividamento puro e simples ligado a fatores econômicos ou sociais e possui muito mais semelhança a uma doença. O consumidor compulsivo é aquele que compra mais do que necessita, para satisfazer com o ato da compra e de ter um objeto.
Quando olhamos mais perto vemos que estas pessoas buscam um alívio para sensações de carência e ansiedade, e o mal-estar é provisoriamente apaziguado com o comportamento de consumo. Porém como o comprar não é o que de fato a pessoa precisa, ela estará sempre comprando, num processo que tende ao infinito.
Uma pessoa está nesse quadro a partir do instante em que ela “compra por comprar” ou porque “o preço estava bom”, sem que tenha alguma utilidade para se servir daquilo. “Ela não se preocupa como vai pagar, se tem dinheiro disponível para isso, vive comprando qualquer coisa e fica impaciente e ansiosa se passa algum tempo sem comprar nada. Vale dizer que o ato de comprar parece ‘aliviar’ a sua ansiedade.
A insatisfação e a infelicidade estão muito presentes porque a alegria da compra se esgota rapidamente e a pessoa logo sente necessidade de buscar um novo alívio no consumo, como um drogado atrás da promessa de prazer na próxima dose.
O consumo compulsivo é um estado de sofrimento psicológico que necessita atenção e cuidado profissional, pois as pessoas que possuem esse mal têm problemas afetivos compensados pela compra desenfreada. É como se a pessoa tivesse um abismo de carências que ela tenta preencher com bolsas, carros, jóias, relógios, etc, mas que nunca satisfazem porque na verdade não é isto que está faltando. Parar e poder olhar para o vazio interior, para as suas reais necessidades é o que vai poder ajudar esta pessoa a interromper este ciclo perpétuo de sofrimento e ilusão.
Há dois anos, a programadora Clarice, 40 anos, encontrava alívio para a frustração, de não conseguir engravidar, nos vestidos e blusas que comprava. “Quando a médica ligava para dar a notícia, vinha um sentimento de decepção muito grande. Então, eu pegava o carro e ia ao centro. Acho que substituía o objeto de desejo – um filho – pela peça comprada”, admite.
A mania de comprar é comum a pessoas extremamente preocupadas com a opinião do outro. Para quem sofre com a baixa auto-estima, por exemplo, a compra funciona como um carinho em si mesmo, uma forma de maquiar e camuflar a carência afetiva. A aquisição do objeto só faz mascarar o problema. Não resolve. Depois, a pessoa vai e compra novamente, sem atacar a causa.
O consumo desenfreado é um distúrbio de comportamento ligado à ansiedade e à preocupação extrema com a opinião dos outros. Tem a ver com o desejo de aprovação e aceitação. É similar ao que acontece com os adolescentes que se vestem igual para se sentir pertencentes ao grupo.
Em última instância, a busca é por reconhecimento. Queremos ser amados e, para isto, queremos ter tudo aquilo que nos faça ser mais desejados, admirados, importantes, valorizados. O objeto de consumo tenta preencher um lugar vazio em nós: o lugar que gostaríamos de ver ocupado pelo amor.
O consumidor descontrolado também age sob a influência dos apelos das campanhas publicitárias que situam produtos como passaportes para a felicidade.
Muito mais do que o próprio produto, as campanhas vendem realização, felicidade, prazer.
Para confirmar a tendência, basta sentar em frente à tevê e assistir a comerciais como o da pasta de dente que promete um beijo ardente; do celular que promete diálogo e aproximação entre pais e filhos; da calça de grife que faz a usuária roubar todos os olhares na rua; do desodorante que torna o homem irresistivelmente atraente. Enfim, de produtos que vendem o sonho em forma de algo que pode ser comprado logo ali na esquina.
Podemos perceber que o consumo compulivo é um problema maior do que se pode imaginar. Assim, se você perceber-se neste artigo, busque ajuda profissional. Procure um profissional competente e se resolva, você com certeza viverá bem melhor.
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