Homens em terapia sexual, PORQUE?

Eles geralmente levam um certo tempo para admitir que tem problemas. Mas, depois disso, a maioria procura ajuda, faz tratamento e volta a sentir e dar prazer.

Por medo de magoar ou por não saber como abordar a questão, muitas mulheres convivem com a insatisfação quando o desempenho sexual de seus parceiros deixa a desejar. Elas ficam inseguras e imaginam que o companheiro está desinteressado porque deixaram de ser atraente. Os homens por sua vez, raramente falam sobre o assunto quando percebem que podem ter algum problema. É como se a discussão sobre relacionamento sexual ainda estivesse na era vitoriana.
Felizmente, porém, muitos desses homens buscam um especialista quando se convencem de que precisam de ajuda para voltar a ter e dar prazer. O medo de falhar quase sempre faz com que o homem procure um urologista. Em muitos casos, o ideal é buscar também a orientação sexual de um psicólogo formado para isso.

Os homens que procuram ajuda o fazem em média depois de cinco anos de problemas. Em geral, chegam ao consultório sozinhos e por conta própria e, além disso, cerca de 80% desses pacientes dizem ter a intenção de manter um relacionamento com suas companheiras atuais. O paciente que se enquadra no perfil típico admite que a mulher sabe que algo está errado, mas, ainda assim, acredita que isso não precisa ser discutido a dois.

Cerca de 30% dos homens com idade entre 40 e 49 anos têm alguma queixa sobre a própria performance. A ejaculação precoce e a falta de controle sobre a ejaculação é um problema recorrente, principalmente entre os mais jovens. A disfunção erétil - dificuldade de obter o manter a ereção por tempo suficiente - leva quase 90% desses homens ao divã. Antigamente conhecida como impotência sexual, essa disfunção atinge de 14 a 25% dos pacientes com idade entre 20 e 60 anos.

O primeiro passo é checar se a causa é física ou não. A falta de libido, por exemplo, pode ser um efeito colateral típico de medicações. Então, no consultório do urologista o paciente vai ter as taxas hormonais medidas e uma avaliação das condições gerais de sua saúde.

Não é incomum que os médicos receitem as modernas drogas contra a impotência mesmo quando detectam que a dificuldade não é só física. Porque? O medo de falhar na hora H provoca inibições e constrangimentos; só de saber que está contando com a medicação o homem vai mais tranquilo para relação. Nestes casos, o remédio funciona como uma muleta. Apesar disso, é sempre importante que esse paciente converse também com um psicólogo especializado no assunto.
O psicólogo vai poder diagnosticar a quantas anda a auto-estima do paciente. A condição psicológica deste homem está na base de tudo. Não basta apenas ensinar técnicas e repetir exercícios mecanicamente; muitas vezes, é necessário detectar e transformar certas associações equivocadas que o paciente fez, por algum motivo, entre sexo e emoção. São idéias negativas que estão incorporadas e comprometem a vida sexual. Além de seguir os mesmos preceitos de uma terapia tradicional com diálogo entre terapeuta e paciente, esse tratamento conta com apoio de uma série de exercícios. O objetivo desse conteúdo é orientar. Tudo vai sempre depender da causa: um homem às vezes não consegue manter uma ereção porque está estressado, mas o motivo também pode ter uma origem bem mais complexa. Muitos nunca imaginaram que o fato de chegar ao clímax depois de dois minutos de penetração pudesse se transformar num problema, e que isso ocorre porque, quando jovens, esses homens tinham sucessivas ereções e, assim, satisfaziam suas parceiras.
Quando a pessoa não tem nenhum problema físico grave, a terapia individual chega um final feliz depois de seis a oito meses. Mas esse tempo costuma encurtar quando o tratamento é feito com a participação da parceira: em geral, ela ajuda a esclarecer os problemas e sinaliza a evolução do caso para o psicólogo ou médico. Trabalhar com o casal traz resultados objetivos mais rapidamente. Às vezes, um comentário que parece não ter importância dá uma pista valiosa sobre o comportamento do homem ou sobre uma técnica que precisa ser ajustada.

Conversar sempre é a melhor solução, um dos motivos que levam os casais a não conseguirem conversar é a falta de um vocabulário confortável; por medo de parecer vulgar ou pouco romântica, muita gente não pede, não reclama, não comenta. Neste caso, tempo e intimidade não costumam ajudar; ao contrário, geralmente pioram a situação: muitos casais falam ainda menos sobre sexo depois de alguns anos de relação.

Quando se discute sexo regularmente, ainda que seja apenas uma ou duas vezes por mês, o parceiro vai se sentir menos criticado ao ouvir uma nova sugestão.

E para fazer com que isso se torne uma rotina fácil e divertida, procurar um livro diferente ou uma nova revista sobre sexo todos os meses pode ser uma boa idéia. Nada precisa ser explícito. Essas leituras podem ser sutis ou encorajadores, são recomendadas quando existe medo de se tentar coisas novas. A simples pesquisa e busca desse material pode virar um programa excitante e prazeroso para o casal. Um pouco de humor e criatividade sempre ajudam qualquer discussão, quebrando o gelo e ansiedade.
Não fiquei sofrendo sozinho. Busque ajuda de um profissional capacitado.

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