Quando a mentira vira um problema?
Muitas vezes vista como inocente chacota das quais nenhum ser humano escapa, a mentira pode causar tragédias, lesar relações humanas – e contas bancárias.
Segundo pesquisas neurocientíficas, mentimos cerca de 200 vezes por dia e uma vez a cada cinco minutos, em média. A estatística soa exagerada, mas parece apontar aos depoimentos nas CPIs do Congresso Nacional. Ouvindo os interrogatórios, é quase impossível saber o que é verdade ou não, tantos são os desmentidos e contradições. E se a mentira é natural, a omissão é um direito. Juridicamente, ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo.
Alguns acreditam que é possível identificar um mentiroso por meio de seus gestos e olhares. Isso só funciona quando quem mente não está habituado a mentir. Os mentirosos convictos são treinados e a mentira vira verdade para eles. Dá para notar quando um honesto mente. Já o mau-caráter não.
O mentiroso compulsivo geralmente é muito inteligente. E tem problemas de auto-estima, sentimento de inferioridade. Ele não tem muita autoconfiança e quando engana as pessoas sente-se mais forte. Uma coisa é certa – pelo menos unânime entre os especialistas: a verdade é a base da sanidade mental.
O fato é que o ser humano já na infância começa a mentir – ou contar pequenas lorotas. Para fugir da repressão ou firmar sua independência em relação aos pais. A diferença entre as pessoas é o quanto elas se acham convincentes. E aí começa a perda de limites. Há vários motivos que levam um sujeito a não dizer a verdade. Há os que mentem para mostrar status diante dos colegas, evitar sofrimento, não ser punido ou não causar sofrimento a outros. O problema é quando o mentiroso vive em função das suas inverdades. Ele sofre para evitar que a mentira seja descoberta, cria situações e outras histórias para sustentar e se torna vigilante contínuo de si mesmo. Esse estado permanente de stress, a longo prazo, pode até causar doenças como câncer ou úlcera. Mas, nenhuma mentira é eterna. Se ninguém descobre a verdade, muitas vezes o mentiroso não suporta a auto-pressão e inconscientemente dá um jeito de contá-la. Pode demorar, mas um dia a casa cai.
Como se comporta uma pessoa que está mentindo?
Ieda: A pessoa que está mentindo e não é acostumada a fazê-lo, ou seja, não é um mentiroso compulsivo) fica ansiosa e preocupada em 'convencer' os outros de que sua mentira é uma verdade. Então, a elevação do nível de ansiedade gera aumento dos batimentos cardíacos, a pessoa pode tremer, gaguejar, suar em demasia e, na maioria das vezes, tem dificuldade de olhar os outros nos olhos.
Qual a diferença da mentira de uma criança e de um adulto?
Ieda: As mentiras infantis são mais fáceis de serem detectadas até porque as crianças são muito transparentes no seu comportamento. Então, fica fácil descobrir suas mentirinhas. Sabe aquela coisa de perguntar quem foi que derrubou o vaso no chão e a criança abaixar a cabeça?
No caso do adulto, ele já tem uma bagagem de treinamentos e de vivências anteriores que permitem que sua mentira seja mais difícil de ser descoberta. Seria algo como se tornar um bom ator, pois quem mente interpreta um papel que não é o seu. Quanto mais um adulto mente e se sai bem em suas mentiras, melhor é o seu papel de ator, digamos assim.
Quais podem ser as conseqüências da mentira para a própria pessoa e para quem ela mentiu?
Ieda: Tudo vai depender da mentira contada. Às vezes, uma "mentirinha" não faz mal a ninguém, pelo contrário, até ajuda a evitar brigas e discussões, como no caso da pessoa que mente para não revelar que estava conversando com amigos, justamente para evitar conflitos com a esposa que morre de ciúmes dele estar com amigos.
A mentira pode causar mais estragos? Quais são as mais perigosas?
Ieda: O pior estrago que uma mentira pode provocar é quando ela é descoberta! Não importa o tamanho da mentira e nem os motivos que levaram a pessoa a mentir, a pessoa mentirosa passa a ser vista com desconfiança e perde a credibilidade. E, muitas vezes, além de todas as dificuldades que ela tem na tentativa de recuperar a confiança perdida, esta pessoa pode perder para sempre o convívio com determinadas pessoas, seu emprego, etc... Ou seja, a descoberta da mentira pode gerar uma mudança radical na vida de uma pessoa.
Mentir é inventar histórias, omitir é esconder fatos. Não são sinônimos. Se você percebe que perdeu controle sobre suas mentiras, busque ajuda de um psicólogo capacitado, ninguém merece viver de mentiras.
Segundo pesquisas neurocientíficas, mentimos cerca de 200 vezes por dia e uma vez a cada cinco minutos, em média. A estatística soa exagerada, mas parece apontar aos depoimentos nas CPIs do Congresso Nacional. Ouvindo os interrogatórios, é quase impossível saber o que é verdade ou não, tantos são os desmentidos e contradições. E se a mentira é natural, a omissão é um direito. Juridicamente, ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo.
Alguns acreditam que é possível identificar um mentiroso por meio de seus gestos e olhares. Isso só funciona quando quem mente não está habituado a mentir. Os mentirosos convictos são treinados e a mentira vira verdade para eles. Dá para notar quando um honesto mente. Já o mau-caráter não.
O mentiroso compulsivo geralmente é muito inteligente. E tem problemas de auto-estima, sentimento de inferioridade. Ele não tem muita autoconfiança e quando engana as pessoas sente-se mais forte. Uma coisa é certa – pelo menos unânime entre os especialistas: a verdade é a base da sanidade mental.
O fato é que o ser humano já na infância começa a mentir – ou contar pequenas lorotas. Para fugir da repressão ou firmar sua independência em relação aos pais. A diferença entre as pessoas é o quanto elas se acham convincentes. E aí começa a perda de limites. Há vários motivos que levam um sujeito a não dizer a verdade. Há os que mentem para mostrar status diante dos colegas, evitar sofrimento, não ser punido ou não causar sofrimento a outros. O problema é quando o mentiroso vive em função das suas inverdades. Ele sofre para evitar que a mentira seja descoberta, cria situações e outras histórias para sustentar e se torna vigilante contínuo de si mesmo. Esse estado permanente de stress, a longo prazo, pode até causar doenças como câncer ou úlcera. Mas, nenhuma mentira é eterna. Se ninguém descobre a verdade, muitas vezes o mentiroso não suporta a auto-pressão e inconscientemente dá um jeito de contá-la. Pode demorar, mas um dia a casa cai.
Como se comporta uma pessoa que está mentindo?
Ieda: A pessoa que está mentindo e não é acostumada a fazê-lo, ou seja, não é um mentiroso compulsivo) fica ansiosa e preocupada em 'convencer' os outros de que sua mentira é uma verdade. Então, a elevação do nível de ansiedade gera aumento dos batimentos cardíacos, a pessoa pode tremer, gaguejar, suar em demasia e, na maioria das vezes, tem dificuldade de olhar os outros nos olhos.
Qual a diferença da mentira de uma criança e de um adulto?
Ieda: As mentiras infantis são mais fáceis de serem detectadas até porque as crianças são muito transparentes no seu comportamento. Então, fica fácil descobrir suas mentirinhas. Sabe aquela coisa de perguntar quem foi que derrubou o vaso no chão e a criança abaixar a cabeça?
No caso do adulto, ele já tem uma bagagem de treinamentos e de vivências anteriores que permitem que sua mentira seja mais difícil de ser descoberta. Seria algo como se tornar um bom ator, pois quem mente interpreta um papel que não é o seu. Quanto mais um adulto mente e se sai bem em suas mentiras, melhor é o seu papel de ator, digamos assim.
Quais podem ser as conseqüências da mentira para a própria pessoa e para quem ela mentiu?
Ieda: Tudo vai depender da mentira contada. Às vezes, uma "mentirinha" não faz mal a ninguém, pelo contrário, até ajuda a evitar brigas e discussões, como no caso da pessoa que mente para não revelar que estava conversando com amigos, justamente para evitar conflitos com a esposa que morre de ciúmes dele estar com amigos.
A mentira pode causar mais estragos? Quais são as mais perigosas?
Ieda: O pior estrago que uma mentira pode provocar é quando ela é descoberta! Não importa o tamanho da mentira e nem os motivos que levaram a pessoa a mentir, a pessoa mentirosa passa a ser vista com desconfiança e perde a credibilidade. E, muitas vezes, além de todas as dificuldades que ela tem na tentativa de recuperar a confiança perdida, esta pessoa pode perder para sempre o convívio com determinadas pessoas, seu emprego, etc... Ou seja, a descoberta da mentira pode gerar uma mudança radical na vida de uma pessoa.
Mentir é inventar histórias, omitir é esconder fatos. Não são sinônimos. Se você percebe que perdeu controle sobre suas mentiras, busque ajuda de um psicólogo capacitado, ninguém merece viver de mentiras.
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